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Janeiro 11, 2008

Telhadela SA – O indianajonismo

Filed under: Telhadela SA — pistonczar @ 7:54 pm

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Como devem ter reparado, esta semana foi dedicada à completa anarquia, contrariando a habitual distribuição salomónica de categorias. Para a próxima semana voltará tudo ao normal, com Inquietações à Segunda, Telhadela SA à Terça e Quinta, Injustiças à Quarta e Por Aí à Sexta.

Depois da casa arrumada, vamos mas é ao que me trouxe aqui.

Ponto prévio: para quem não sabe (os mais pequenitos talvez…), Indiana Jones foi um super herói sem qualquer super poder, isto é, se exceptuarmos o poder de alegrar a minha infância e o poder que um chicote pode dar. Lembrei-me dele hoje porque acho que todos nós temos um pouco de Indiana Jones dentro de nós e por vezes ele sai cá para fora e faz-nos tomar resoluções dignas do verdadeiro Indiana Jones. Daí o indianajonismo.

Eu próprio padeço de indianajonismo.

Certo dia, bem cedo pela manhã, numa daquelas manhãs bem frias e escuras de Inverno eu apanhei um comboio. Mas apanhei um comboio literalmente! Ele estava já a andar e eu agarrei-me a ele em andamento. Porque é que o fiz? Pelo prazer da aventura? Nãaaa. Porque sou um palerma. Isso sim! Depois, e como não podia largar o comboio, porque entretanto este estava a cruzar-se com outro e eu estava colocado na zona entre eles continuei lá. Nessa altura lembrei-me que seria boa ideia acenar para as pessoas do lado de dentro do comboio e bater à porta ma abrissem. Do outro lado, e depois da totalidade dos passageiros experimentarem todas as expressões possíveis com o significado: “Este gajo é completamente louco e vai morrer hoje”, lá vieram para volta da porta para me ajudarem a abri-la.

Depois de entrar e me sentar descansadinho no comboio, pensei seriamente no que havia acabado de fazer e devo dizer que concordo com os passageiros que me acharam louco e, para além disso, acrescentaria da minha lavra que sou um palerma. E seria dois palermas numa só pessoa se tal fosse comportável.

Entretanto tocou o meu telemóvel. Atendi. Era o meu pai que tinha assistido a todo este espectáculo da plataforma do comboio. O meu pai, na sua enorme calma, vociferou: “CARALHO!!! ÉS PARVO OU QUÊ? FODA-SE!!! NUNCA MAIS FAÇAS ISTO!!! EU NÃO VOU DIZER NADA DISTO À TUA MÃE E ESPERO QUE FAÇAS O MESMO!”. Concordei com ele. Não valia a pena atormentar a minha mãe com tal palermice.

O estimado leitor ambém sofre de indianajonismo? Fale-me disso. 

P.S.: Há alguns anos a magnífica artista de variedades (porque concerteza cantora não é!) ClaúdIsabel clamava aos sete ventos que precisaria de um herói. Ó ClaúdIsabel, eu posso ser o teu herói!

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