PistonCzar Spot

Outubro 7, 2008

Telhadela SA – O doutoramento em Manuel – O epílogo ou não

Filed under: Telhadela SA — pistonczar @ 2:34 pm

Olá caríssimos conterrâneos, cá estou eu de volta para gáudio de muitos de vós e desespero e horror de muitos mais. Este blog tem estado parado por muitas razões e não só. Poderia até dizer que esteve parado porque sim mas isso seria revelar demasiado. Daí que não o faça.

E as razões do meu regresso são tão somente as circunstâncias. As circunstâncias provaram que eu me havia enganado (algo tão raro como a patetice humana) quando pensei que tinha encerrado aqui o assunto Manuel Doutor a propósito daqueles dois posts que publiquei neste mesmo espaço há alguns meses e que foram de longe os que mais comentários suscitaram e os que mais visibilidade deram a este espaço lúgubre e sombrio. Sombrio porque eu próprio sou uma sombra de alguém que também ele vive na sombra, resultando portanto numa sombra ao quadrado. Mas adiante. Na verdade, e hoje apercebo-me disso, o assunto Manuel Doutor nunca é um assunto encerrado. Há sempre algo mais a dizer. E esse algo para dizer é sempre algo de importante e que interessa contar.

O Manuel Doutor, e disso ningém discorda, sempre teve tendência a ser um dos actores principais deste teatro que é a vida. Da vida de Telhadela, bem entendido. E lá talento tem ele. Felizmente, o palco que ele adopta muitas vezes é o do altar da capela, algo que tem a vantagem notória de ser um espectáculo público (a decrescer a olhos vistos em número de pessoas) e à borla (no máximo é necessário soltar uma esmola para a Igreja).

Bom o espectáculo mais recente foi o de boas vindas ao novo pároco da paróquia, em que o nosso Manuel encenou uma pequena cena do «The Lord of the rings», mais precisamente aquela em que o Gollum ou Smeagol se arrasta pelo chão ronronando “… precious…“, só que eu tenho impressão que o nosso Manuel não viu com suficiente atenção o filme porque se esqueceu do que deveria dizer. E tenho impressão que não disse mesmo nada. De seguida interpretou também a cena principal do filme «Braveheart», justamente aquela em que o Mel Gibson ao ser torturado grita: «Freedom». Aqui, o nosso Manuel tomou novamente a liberdade de adaptar ao conceito e gritar uma frase diferente, mas ainda assim orelhuda e ganhadora: “Paz no mundo!”. É realmente uma frase que pode mudar o mundo e ganhar uma guerra, quanto mais não seja porque a evita. E essa parece-me ser sempre a única forma de ganhar uma guerra. Neste caso, em oposição ao Mel Gibson o Manuel Doutor não estava a ser torturado, mas por outro lado sujeitou-se claramente a ser torturado (houve de imediato uma pessoa de rara inteligência – e digo rara no sentido de escassa ou mesmo inexistente – que gritou do coro: “Tirem-no daí nem que seja a pontapé”. Algo bastante adquado a um crente de uma Igreja que condenou durante muitos séculos com a mesma pena de morte dois crimes tão semelhantes como apanhar lenha a um Domingo ou matar o próprio pai a uma Segunda-feira.)

Realmente, de entre todos o telhadenses, o Manuel Doutor é o maior. Sinceramente, não estou a imaginar mais ninguém na nossa mui nobre aldeia capaz de tal interpretação.

Como eu próprio já disse, há sempre algo mais a dizer sobre Manuel Doutor. Pode ser que Quinta-feira haja mais. Não será portanto o epílogo. Veremos.

Abril 24, 2008

Por aí – O 25 de Abril

Filed under: Uncategorized — pistonczar @ 8:48 am

Como os meus caros leitores já devem ter percebido, nos últimos tempos eu não tenho publicado idiotices neste blog com a mesma frequência com que o vinha fazendo antigamente. Peço-vos desculpa por isso. Obviamente não vos peço desculpa por não ter escrito muito nos últimos tempos (porque isso até é positivo para a humanidade em geral), peço-vos desculpa, isso sim, pelos tempos em que vos atazanava com estupidezes bastante variadas com uma periodicidade quase diária. Concluindo, e fazendo um ponto de situação, nos próximos tempos vou tentar escrever aqui pelo menos uma vez por semana para não deixar este pedaço internético de bosta fumegante perca o seu aroma e vivacidade.

 

Hoje, como forma de celebrar o nosso dia da liberdade (pelo qual também eu lutei!), transcrevo um dos mais interessantes escritos sobre o 25 de Abril de 1974. Bem sei que este é o lugar comum de todos os blogues neste dia, mas ainda assim há lugares comuns que merecem ser observados e apreciados todos as oportunidades que se tenham. O poeta é Ary dos Santos. O poema é longo mas vale a pena ser lido até ao fim.

As Portas Que Abril Abriu

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais feliz
dos povos à beira-terra

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raíz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado

Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinhiero estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos dos passado
se chamava esse país
Portugal suicidado

Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra

Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo

Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade

Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas tabém tinha a seu lado
muitos homens na prisão

Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão

Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação

uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com a que a força da vida
seja maior do que a morte

Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão

Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis

Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite

Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é a força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade

Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena

E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados “páras”
que não queriam o degredo
de um povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam

Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração

Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma razão
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão

Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra

Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer

E em Lisboa capital
dos nosvos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis

Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua prórpia pobreza

E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.

Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.

Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo de mês de Junho.

Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.

Mas era olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.

E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.

E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.

A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que desbobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.

Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.

E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideias
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.

Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio faziam
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.

Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.

E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.

Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.

Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.

Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.

Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.

Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
– cumpriu-se a revolução.

Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabrões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os genarais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.

Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.

E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.

Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.

E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
apenderam Portugal.

Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opões àqueles que o firam
consciência nacional.

Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.

Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.

Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.

Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.

Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!

Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.

Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.

Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.

Em em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalhos crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
de um país que vai nascer.

Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser

pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.

No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pédo Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!

É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.

Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua prórpia grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viesses ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.

Na frente de todos nós
povro soberano e total
e ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.

Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisa em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser reoubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!

Abril 14, 2008

Inquietações – As informações de trânsito

Filed under: Uncategorized — pistonczar @ 6:49 pm

 

Hoje levanto a problemática do trânsito. Não o trânsito intestinal, mas sim o trânsito automóvel, e mais precisamente as informações de trânsito que são divulgadas diariamente nas rádios e televisões nacionais. O que inquieta nestas informações é o simples facto de serem todos os dias iguais. Todos os dias há problemas no IC19, filas na recta dos comandos da Amadora, entupido na descida das Amoreiras e na segunda circular, lentidão nos acessos do centro sul e da Caparica para a A2. Se há trânsito diariamente nos mesmos locais, para quê difundir diariamente essa informações?

Abril 11, 2008

Por aí – O eterno “Don’t ask me why”

Filed under: Por aí — pistonczar @ 6:29 pm

Hoje deu-me para Eurythmics. Não me perguntem porquê (saborosa correlação com título desta canção!).

Abril 9, 2008

Telhadela SA – A briosa

Filed under: Telhadela SA — pistonczar @ 6:41 pm

A briosa de Telhadela, ao contrário da de Coimbra que é preta e não é uma “caminete”, é uma “caminete” cinzenta clara que antigamente se passeava diariamente pela nossa bela aldeia. Esta “caminete” de marca Bedford e modelo TJ, era (e tanto quanto sei continua a ser…) detida pelo “ti” Tavo, que a conduzia de uma forma no mínimo invulgar. O “ti” Tavo mantinha a sua briosa “caminete” no rolantim em todas as descidas, acelerando apenas um pouco nas subidas, o que resultava num “tram-tram-tram-tram…” absolutamente inconfundível e que faz parte do meu imaginário infantil mais remoto.  

Há uns dias reparei com grande desilusão no estado actual da “nossa” memorável briosa, que está votada ao abandono num pinhal, coberta por um plástico. Ao olhar para o estado decrépito da briosa, fiquei triste e apercebi-me que também ela depois de ter passado por um período áureo na sua juventude e maturidade, estava abandonada na sua velhice. Uma parábola aos tempos modernos, assunto que foi justamente lembrado recentemente pelo presidente de todos nós. Sim, sim, aquele que tem dificuldades com fatias de bolo-rei.

P.S.: Fica prometida para amanhã uma fotografia da briosa no seu estado actual.

Update: Estes marmelos do WordPress alteraram o layout de tal forma que eu não consigo inserir uma mísera imagem no post. Eu bem que tentei! Acreditem. 

Update 2: Finalmente consegui colocar a imagem da briosa. Estava a ver que não!

Abril 7, 2008

Inquietações – As bufas de pantufas

Filed under: Inquietações — pistonczar @ 7:11 pm

Aviso preliminar: Esta crónica trata de assuntos de alguma forma malcheirosos, pelo que peço que os meus leitores com olfacto mais sensível não passem deste ponto. A sério. Vai cheirar mal.

Recentemente, e depois de um magnífico repasto contendo daquelas leguminosas em forma de rim, achei-me a questionar a flatulência. São estes assuntos elevados que ocupam a minha mente. A questão mais premente que me surgiu foi: Há duas características principais nos peidos (aparece no dicionário, que eu verifiquei!) que são o ruído e o cheiro. O que me intriga é o facto dessas mesmas características não se juntarem harmoniosamente num único e grandioso peido. Porque é que um peido ou é ruidoso ou malcheiroso? Haverá algum truque para conjugar tudo o que há de bom num único peido?

Se alguém souber responder a estas minhas questiúnculas, por favor não hesite. Ficar-lhe-ei eternamente grato (que rima com flato, o que me parece ser um encerramento grandioso).

Abril 4, 2008

Por aí – O Billy Idol

Filed under: Por aí — pistonczar @ 5:58 pm

Já repararam no calor que está hoje na cidade? Não me apetece nada estar aqui a escrever. Daí que não o vá fazer.

Fiquem aí coladinhos na telinha do PistonCzar Spot, ouvindo “Hot in the city” do grande Billy Idol. A propósito, os 80’s é que eram tempos. Fui

Abril 3, 2008

Por aí – OMD

Filed under: Por aí — pistonczar @ 6:29 pm

Esta é uma lembraça de OMD (Orchestral Manoeuvers in the Dark) e uma canção (a minha preferida deste grupo!) que é também ela uma lembrança da minha interessante meninice. Agora, com todos vós que me leêm a partir deste blog de internet, ficam os OMD com a sua muito conhecida canção “Souvenir”. Despeço-me com amizade, e até jáaaaaaaaaaaaaaaaa…

Abril 2, 2008

Injustiças – O grito de alerta

Filed under: Injustiças,Telhadela SA — pistonczar @ 6:43 pm

Hoje, tal como Maria Bethânia há alguns anos, também eu lanço um valente grito de alerta. E não é para vos azucrinar (palavra pela qual eu nutro algum interesse). Não. Nada disso. Então não é que o Jornal Beira Vouga publicou na sua mais recente edição (de 1 de Abril. E não é mentira!) uma crónica minha, que eu havia propositadamente adaptado para ser publicada por este quinzenário regional?

Sim senhor. Agora espero que todos vós, meus humildes vassalos, passem a referir-se a mim como cronista de jornal, que é sem dúvida um dos títulos que eu sempre sonhei ter. A crónica publicada podem lê-la aqui na edição on-line do referido jornal. Ide lá e regalai-vos.

Abril 1, 2008

Telhadela SA – A nossa escola

Filed under: Telhadela SA — pistonczar @ 6:42 pm

Hoje mais uma vez faço uma demostração cabal do incrível avanço de Telhadela em relação ao suposto restante mundo civilizado (mas que em comparação com a evolução registada em Telhadela, o resto do mundo não passa de uma cambada de austrolopitecos que comem raizes temperadas com formigas).

anteriormente eu já tinha feito referência a um caso de indisciplina registada na nossas amada escola primária. Mas este aluno, ao contrário da pita da Carolina Michaëlis, era indiciplinado com a professora, dava-lhe na boca e depois quando as autoridades eram chamadas ao local ele era indisciplinado com os agentes da autoridade também.

Mas não pensem que este aluno era um mero acaso da natureza e que esta o havia concretizado num dia em que se achava mais bem disposta. Nada disso. Ele era antes produto de um pai coerente, extremoso e completamente avesso à violência, que ao mesmo tempo que descarregava a sua ira (e a da fivela do seu cinto, que ao que parece também tinha um feitio bastante “enganchado”) no seu costado macerado, o defendia ardentemente perante outras pessoas e lhes aconselhava veementente: “Dai para baixo que se forem a tribunal eu estou cá para resolver!”. Um exemplo. Sem dúvida.

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